Sob vaias, Atlético-MG perde para a Chapecoense em casa pelo Brasileirão

O Atlético voltou a jogar mal como mandante no Campeonato Brasileiro. Na noite desta quarta-feira, no Independência, o time demonstrou total falta de sintonia no ataque e cometeu falhas cruciais no sistema defensivo. A Chapecoense, que não tem nada a ver com os problemas do Galo, entrou em campo no Horto disposta a aproveitar os erros da equipe comandada por Vagner Mancini. Com gols de Henrique Almeida e Everaldo, o time catarinense venceu por 2 a 0 e ganhou fôlego para sonhar em escapar do rebaixamento.

Com a derrota em casa, que teve direito a pênalti perdido, vaias a jogadores, gritos de burro para o treinador e pedidos de renúncia para o presidente, o Atlético caiu para a 13ª posição – o Fortaleza venceu o Avaí fora de casa –, com 35 pontos. Caso os times da parte de baixo pontuem, o Galo pode encerrar a rodada ainda mais perto da zona de rebaixamento.

Na próxima rodada, o Atlético visita o Fortaleza. A partida será realizada no estádio Castelão, às 17h. No mesmo dia, às 21h, a Chapecoense recebe o São Paulo na Arena Condá.

Ricardo Oliveira observado em um lance da partida/Reprodução site do Atlético

O pior: Ricardo Oliveira O centroavante não fez uma boa partida pelo Atlético-MG mais uma vez. Ele falhou em lances importantes no setor ofensivo. Em um deles, cabeceou livre de marcação, com o goleiro adversário já batido no lance. No entanto, mandou por cima da trave. Foi o suficiente para receber vaias da torcida e ser substituído por Vagner Mancini no início do segundo tempo.

Torcida do Galo se irrita e vaia Mancini, atletas e até presidente Mesmo com o público superior a 18 mil pessoas, o Atlético-MG não se sentiu à vontade em casa. Pelo contrário. O time recebeu vaias por todo o duelo. O técnico Vagner Mancini foi chamado de “burro” por causa da escalação inicial. A entrada de Réver como volante e a volta de Ricardo Oliveira no lugar de Franco Di Santo foram os fatos mais criticados. O centroavante escalado como titular, inclusive, foi quem mais recebeu vaias ao lado de Fábio Santos durante a noite. Mas não foi somente o trio que sofreu no duelo. O presidente Sérgio Sette Câmara também foi muito vaiado e xingado pelos torcedores no Independência.

Esquema com Réver de volante volta a falhar, e técnico muda

A formação tática adotada por Vagner Mancini, com Réver como primeiro volante, voltou a falhar. O sistema, que funcionou no empate por 2 a 2 com o CSA e na vitória por 2 a 0 sobre o Santos, não foi teve sucesso diante do São Paulo. Contra a Chape, voltou a acusar problemas. A equipe da casa ficou presa em lances de ligação direta e encontrou dificuldades para se aproximar do gol. Por causa disso, o treinador precisou fazer mudanças. Juan Cazares entrou na vaga de Leonardo Silva no segundo tempo da partida. A mudança não surtiu tanto efeito, já que o time foi vazado novamente no início da segunda etapa.

ATLÉTICO 0 X 2 CHAPECOENSE

Atlético

Cleiton; Guga, Leonardo Silva (Cazares, no intervalo), Igor Rabello e Fábio Santos; Réver; Luan, Elias (Geuvânio, aos 25/2°T), Nathan e Otero; Ricardo Oliveira (Franco Di Santo, aos 15/2°T)

Técnico: Vagner Mancini

Chapecoense

Tiepo; Renato (Eduardo, aos 36/2°T), Douglas, Maurício Ramos (Rafael Pereira, aos 29/1°T) e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Camilo e Roberto; Dalberto, Henrique Almeida e Everaldo

Técnico: Marquinhos Santos

Gols: Henrique Almeida, aos 5/1°T; Everaldo, aos 4/2°T;

Cartões amarelos: Roberto, aos 31/1°T; Henrique Almeida, aos 35/1°T; Dalberto, aos 16/2°T; Igor Rabello, aos 22/2°T; Cazares, aos 38/2°T; Otero, aos 42/2°T

Motivo: 29ª rodada do Campeonato Brasileiro

Local: estádio Independência, em Belo Horizonte

Data e horário: quarta-feira, 30 de outubro, às 19h30

Público: 19.058 torcedores

Renda: R$ 89.042,00