Crédito: Divulgação/CBF
A Copa do Brasil, que começou a ter a decisão da edição de 2019 decidida na noite da última quarta-feira (11), entre Athletico Paranaense x Internacional, ganhou outro status nos últimos anos e saiu de um torneio de menor escalão no país para o mais alto patamar.
A competição subiu degraus e para muitos ultrapassou a Copa Sul-Americana e encostou no Brasileirão em grau de importância, mas tudo tem um porquê.
A Copa do Brasil mudou de nível especialmente por dois aspectos: o aumento no grau de dificuldade e o aumento no acúmulo de dinheiro.
Em 2012, a CBF tomou uma decisão que, para muitos, acabou com as mais românticas históricas do torneio: os clubes que disputam a Copa Libertadores, que antes não apareciam na Copa do Brasil, entrariam, a partir da edição seguinte, diretamente nas oitavas de final, pulando uma série de fases na competição.
Com isso, a competição nacional galgou patamares mais altos de um ano para outro, se tornou uma das principais disputas em nível técnico no país, mas encerrou qualquer chance de título de zebras antigas, como o Criciúma, de 1991, o Juventude, de 1999, o Santo André, de 2004, ou o Paulista, de 2005.
Porém, a grande transformação da Copa do Brasil foi anunciada no fim de 2016, mas passou a valer na edição de 2018.
Se antes os clubes passaram a dar valor à competição pelo crescimento no nível técnico, no ano passado a atração foi ainda melhor, ainda mais para os endividados: a premiação.
A CBF anunciou que a Copa do Brasil teria um plus no dinheiro pago ao campeão e ao vice em 2018. O vencedor do torneio receberia nada menos que um montante de R$50 milhões, quase nove vezes mais em comparação com o que era pago até 2017, cerca de R$6 milhões – ambas as edições foram conquistadas pelo Cruzeiro, que sentiu no bolso o aumento do ano seguinte.
Na nova premiação da competição, o segundo colocado receberia R$20 milhões, que também bate o dobro do que era pago aos antigos campeões até então.
Se somadas todas as premiações, o campeão da Copa do Brasil acumulou o valor recorde de R$68,7 milhões, maior valor pago no continente.
Quando anunciada a mudança, em 2016, o pagamento pelo título nacional chegou a mais que dobrar o que era pago ao campeão de nada menos que a Copa Libertadores e a quadruplicar o prêmio ao campeão brasileiro (exceto cotas de TV).
A edição de 2019 aumentou ainda mais o prêmio e, quem conquistar o título entre Athletico e Inter, receberá dois milhões a mais em relação ao que foi pago no ano passado, acumulando valor ainda maior após a competição.
Outro ponto atrativo segue vivo e intacto. A vaga direta na Copa Libertadores do ano seguinte para o campeão é outra adição à nova equipe milionária após o título.