Ex-atleta se tornou um dos poucos afro-americanos em cargo executivo
O jogador do Hall da Fama do beisebol Hank Aaron, rebatedor tranquilo e despretensioso que bateu o recorde supostamente inquebrável de Babe Ruth de mais home runs e lutou contra o racismo durante a carreira, morreu na sexta-feira aos 86 anos, anunciou o Atlanta Braves.
Aaron tinha entrado para a diretoria do Braves para se tornar um dos poucos afro-americanos em uma posição executiva no beisebol, após se aposentar como jogador em 1976, com 755 home runs na carreira, um recorde inigualável por mais de três décadas. Aaron morreu “pacificamente durante o sono”, disse o Braves em um comunicado.
Sua destreza na rebatida lhe rendeu o apelido de “Hammerin ‘Hank” (Hank das marteladas, na tradução literal), e seu poder foi atribuído a pulsos fortes. Ele era um tanto tímido e não tinha o carisma dos contemporâneos Willie Mays e Mickey Mantle.
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Aaron atuava com um estilo suave que fazia o jogo parecer tão fácil que alguns críticos se perguntavam se ele estava realmente dando o seu melhor. Mas Aaron foi alimentado por um poderoso impulso interior ao superar uma juventude empobrecida e o ódio racial para se tornar um dos maiores e mais consistentes astros do beisebol de todos os tempos.
“Ele cresceu pobre e enfrentou o racismo enquanto trabalhava para se tornar um dos maiores jogadores da história do beisebol”, disse o ex-presidente George W. Bush, que presenteou Aaron com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2002, em um comunicado. “Hank nunca deixou que o ódio que enfrentou o consumisse.”
*Reportagem de Frank Pingue em Toronto e Peter Szekely em Nova York
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Agência Brasil