O Presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, diz que o clube não tem o dinheiro para pagar a dívida com a Udinese-ITA pela compra de Maicosuel, feita em 2014
Foto: Bruno Cantini/Atlético)
O Atlético-MG tem até esta segunda-feira, 27 de abril para pagar R$ 12,5 milhões à Udinese-ITA pela compra do meia Maicosuel, em 2014. o Galo foi condenado pela FIFA a quitar a dívida com os italianos, sem direito a recurso. O time mineiro diz, porém, que não terá como arcar com o compromisso e teme perder três pontos no Campeonato Brasileiro deste ano.
O Atlético tentou alegar que com a pandemia do coronavírus seria inviável quitar o débito, querendo priorizar os compromissos internos, como pagamento de salários e as despesas do dia a dia do clube. Todavia, não houve resposta positiva da FIFA, o que mantém a obrigação do Galo no pagamento o time de Udine.
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O presidente atleticano, Sérgio Sette Câmara, disse que a situação é desesperadora, pois o clube havia separado R$ 9 milhões para o pagamento da dívida. Mas, a variação cambial do euro, que está na casa dos R$ 6, o valor do débito aumentou e passa dos 12 milhões de reais.
– Eu não tenho perspectiva de fazer o pagamento na segunda-feira. Se eu não fizer, o Atlético vai tomar três pontos na cabeça. Não sei te dizer direito quais os desdobramentos, mas tenho a impressão de que além de tirarem três pontos, eles fixam um novo prazo, uma nova penalidade esportiva, que eu não sei te dizer qual é, se é outra perda de pontos ou já é rebaixamento. É desesperador, porque me pegou no pior momento, no meio do coronavírus, não tem receita, não tem futebol – disse Sette Câmara em entrevista ao blog do Perrone.
O mandatário alvinegro revelou que fez uma proposta de pagar a dívida em oito, nove parcelas de 200 mil euros, mas a FIFA se recusou a aceitar o parcelamento.
– A Fifa foi muito insensível. Num tempo de coronavírus, em que você tem contratos de trabalho sendo suspensos, contratos bancários sendo suspensos ou prorrogados, eu fiz uma proposta para a Fifa. Eu disse assim: olha, todas as dívidas que eu encontrei na minha gestão não eram minhas, e eu paguei. Estou pedindo um parcelamento. Não é cano, nem prazo, nem prorrogação, nem nada. Eu preciso de um parcelamento para poder pagar meus funcionários, mas não é o jogador, é o porteiro, o limpador da piscina-explicou.
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